quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Quando os bravos funcionários da Varig me pediram, apoiei sua causa, pois estavam para perder o emprego. Agora, se os comissários ligados ao Sindicato precisarem, eu os mandarei....bem, os senhores sabem qual é o lugar. Se perderem o emprego, merecem.


Tripulação da Gol agiu certo ao barrar neto de Deborah Colker, diz sindicato

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DE SÃO PAULO
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A tripulação da Gol seguiu a lei ao pedir atestado médico à família da coreógrafa Deborah Colker, disse hoje o Sindicato Nacional dos Aeronautas. 

Na segunda-feira (19), funcionários da Gol questionaram a possibilidade de o neto de Colker, que tem uma doença rara -- não contagiosa -- que provoca erupções na pele, voar. 

Deborah estava com a família em um voo da Gol que sairia de Salvador em direção ao Rio quando, já dentro do avião, um comissário lhes exigiu um atestado para permitir a permanência do menino no avião. Segundo a coreógrafa, os detalhes da doença já tinham sido dados no momento do check-in --que não se opôs à entrada de Theo, 4, no avião. 

A tripulação pediu um atestado médico que comprovasse que a doença do neto de Colker não era infecciosa. Deborah reclamou da abordagem feita, segundo ela "nitidamente discriminatória, preconceituosa" e que foi provocada pelo despreparo dos funcionários. 

"Exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde das pessoas a bordo", disse o sindicato, em nota oficial distribuída hoje. "Mesmo sendo um caso isolado, o sindicato esclarece aos associados e à população que existem diversas doenças infectocontagiosas, caracterizadas por lesões cutâneas. Por isso, é imprescindível a avaliação médica, pois não cabe ao aeronauta avaliar se há risco de contágio ou não." 

No texto, o sindicato afirma que os procedimentos adotados pela tripulação seguem normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, que reúne as companhias aéreas). Seguir a lei é essencial, mesmo que isso contrarie a vontade dos passageiros, disse a entidade. 

"O SNA reitera repudiar qualquer forma de discriminação ou preconceito, independentemente da situação. Porém, não se pode confundir o cumprimento da norma legal durante o exercício das funções atribuídas pelo Código Brasileiro de Aeronáutica. Essas regras devem ser cumpridas, mesmo que, às vezes, sejam contrárias à vontade dos passageiros." 


Reprodução/Facebook/deborah.colker
Coreógrafa Deborah Colber com o neto Theo; os dois foram barrados em voo da Gol devido à doença de pele do garoto
Coreógrafa Deborah Colber com o neto Theo; os dois foram barrados em voo da Gol devido à doença de pele do garoto    
A seguir, a íntegra da nota

Comunicado Oficial
Em razão dos transtornos ocorridos no voo da VRG GOL Linhas Aéreas, de Salvador para o Rio de Janeiro, na última segunda-feira (19/8), o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informa que os procedimentos adotados pela tripulação da aeronave seguem normas regulatórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da International Air Transport Association (IATA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
 
O SNA reitera repudiar qualquer forma de discriminação ou preconceito, independentemente da situação. Porém, não se pode confundir o cumprimento da norma legal durante o exercício das funções atribuídas pelo Código Brasileiro de Aeronáutica. Essas regras devem ser cumpridas, mesmo que, às vezes, sejam contrárias à vontade dos passageiros. Exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde das pessoas a bordo.
 
Mesmo sendo um caso isolado, o SNA esclarece aos associados e à população que existem diversas doenças infectocontagiosas, caracterizadas por lesões cutâneas. Por isso, é imprescindível a avaliação médica, pois não cabe ao aeronauta avaliar se há risco de contágio ou não.