domingo, 3 de fevereiro de 2013

Dei uma pausa no Blog, para descansar a alma e o corpo. Peso os prós e os contra, para saber se paro definitivamente com a página, ou não. Como disse um amigo muito respeitado por mim, em espaços como os blogues a gente termina falando apenas com os que pensam como a gente. E não adiantam os comentários. Eles não entram na reflexão. A cultura dos supostos comentários, no Brasil, se transformou em prática de ataques e desmoralização de quem não pensa igual. O plano dos comentários virou uma imensa chibata para dobrar espinhas de quem ousa pensar com os próprios recursos conceituais, sem pagar pedágio às seitas, partidos, governos. Não tenho compromisso com tucanos, petistas, católicos, evangélicos, seguidores de Agamben ou Foucault, nem tenho obrigação de seguir o último grito da moda no circuito das pacotilhas intelectuais, o Paris-Nova York dos pedantes. Quero passar meus dias lendo Platão, Tucídides, Maquiavel, Hobbes, Spinoza, Diderot, Hegel e outros que pensaram e jamais repetiram slogans emburrecedores. Pagar lip service aos lavadores de almas, não é bem o meu ofício e alvo. Bom Millor : "livre pensar, é só pensar". E tal coisa não existe hoje nas universidades, na imprensa e na internet. Por enquanto, atendo jornalistas, mas a paciência está chegando ao limite. Já comecei a dispensar os arrogantes das redações . Desligo. Como mudo de canal quando um jornalista da moda pronuncia oráculos em economia, política, etc. Ou quando a propaganda do governo corre solta nos canais de "notícias". Como passo a página dos jornais, quando percebo que articulistas se rebaixam ao status de chaleiras do poder governamental. "Eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz", já dizia Raul Seixas, filósofo mais profundo do que a maioria dos que, aboletados na Capes e no CNPq e quejandos, fazem lobby perene e entoam loas a si mesmos e a seus empresários. E já estou velho para receber insultos dos borra botas, sejam eles de esquerda (ainda existe tal coisa? duvido) e de direita (tal coisa existe, está mais forte do que nunca e mergulha novamente na tentação fascista, nacional e internacionalmente). Vejamos até quando é possível suportar. Depois, "o resto é silêncio". RR

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