terça-feira, 10 de julho de 2012

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Candidatos a Prefeito de Campinas devem gastar até 33 milhões de reais em campanha eleitoral.

Pedro
Pedro Santos, terça-feira, 10 jul 2012 19:03
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Ao todo 7 candidatos vão disputar a eleição de prefeito na cidade de Campinas. Com a oficialização das candidaturas, os concorrentes a vaga devem divulgar o limite de gastos na campanha. Segundo dados revelados pelo Tribunal Superior Eleitoral o gasto somado com as candidaturas pelo executivo deve chegar até R$ 33,3 milhões. Em Campinas o economista Márcio Pochmann, candidato do PT, é o que declarou a estimativa mais alta, pretende um gasto de R$ 15 milhões.

A campanha com a previsão de menor investimento é a da candidata do PSTU, professora Silvia Ferraro, que deve gastar até R$ 100 mil. Com tamanha disparidade entre gastos previstos de uma campanha e de outra, o Professor de Filosofia e Ética da UNICAMP, Roberto Romano, alerta para os interesses que envolvem uma eleição. O professor da UNICAMP, Roberto Romano, entende que a forma como é administrada a campanha pode dar uma mostra de como o candidato, se eleito, vai atuar na administração pública.

Além da divulgação do gasto previsto com a campanha, os candidatos devem declarar a Justiça Eleitoral o patrimônio pessoal. Somados os candidatos à prefeito de Campinas possuem um patrimônio declaro de R$ 9 milhões. O Prefeito de Campinas, e candidato a reeleição, Pedro Serafim Jr, do PDT, declarou possuir um patrimônio estimado em R$ 5,9 milhões. 118% maior do que o declarado nas eleições de 2008, quando foi candidato a vereador.

O deputado federal Jonas Donizette, do PSB, declarou R$ 951 mil em bens. Na eleição para deputado de 2010, Jonas possuía um patrimônio avaliado em R$ 608 mil. Márcio Pochmann, candidato do PT, apresentou a justiça possuir patrimônio estimado em R$ 1,20 milhão. José Ferreira Campos Filho, do PRTB, declarou R$ 380 mil. Rogério Menezes do PV afirmou ter bens avaliados em R$ 414 mil. 360% maior do que o declarado em 2010, quando afirmou ao TSE ter R$ 90 mil em bens.

Arlei Medeiros do PSOL informou que possui patrimônio de R$ 143 mil e a candidata do PSTU Silvia Ferraro não declarou patrimônio ao TSE. Para o professor de Filosofia e Ética, Roberto Romano, a política deixou de ser uma forma de representação da sociedade para se tornar um negócio e uma profissão. Os próprios candidatos assumem que deixaram a profissão de origem de lado e optaram pela política. Nos registros das candidaturas de Pedro Serafim e Jonas Donizette, estão informadas respectivamente no campo “ocupação” os cargos de Prefeito e Deputado Federal.
O Tribunal Superior Eleitoral também divulgou o número de candidatos que disputam uma vaga na Câmara de Vereadores. Em Campinas a disputa candidato/vaga chega a ser superior a de alguns vestibulares. Ao todo 717 candidatos estão registrados para disputar uma das 33 cadeiras da Casa Legislativa da cidade. A proporção é de quase 22 candidatos por vaga. A eleição municipal para a escolha de prefeito e vereadores está marcada para o dia 7 de outubro.