quinta-feira, 15 de março de 2012

Depois de se transformar no partido da boquinha, agora os companheiros aderem ao partido do nheco nheco...

Reação

PMDB precisa ser mais "carinhoso" com PT, diz Tatto

Líder petista na Câmara afirma que rebelião peemedebista no Congresso pode prejudicar a formação de alianças nas eleições municipais deste ano

Gabriel Castro
Jilmar Tatto lembrou que rebeldia do PMDB prejudica formação de alianças

Jilmar Tatto lembrou que rebeldia do PMDB prejudica formação de alianças (Fernando Cavalcanti)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto (SP), cobrou nesta quinta-feira mais "carinho" do PMDB com os petistas. O deputado lembrou que a rebeldia de parlamentares peemedebistas prejudica a formação de alianças para as eleições municipais deste ano. Tatto deu as declarações depois de participar de uma reunição da Executiva do PT em Brasília.
"Se o PMDB quer o apoio do PT, tem que nos tratar com mais carinho. Depois, vem pedir apoio e fica difícil", disse Tatto. De acordo com ele, o manifesto dos deputados peemedebistas cobrando mais espaço no governo foi desnecessário. Ele afirmou que o rompimento dos senadores do PR com o governo deve ocorrer mais na teoria do que na prática.
Tatto está convicto de que a onda rebelde na base governista está ligada às eleições municipais. Na interpretação do petista, as siglas aliadas no plano federal temem que os petistas tenham um desempenho avassalador no pleito, alavancado pelas vitrines do governo federal. "Eles têm medo de o PT ter um balaio de votos", avaliou. Tatto disse ainda que os peemedebistas só têm a ganhar sendo leais ao PT. E afirmou que, em 2008, os petistas apoiaram candidatos a prefeito do PMDB em 454 municípios, enquanto o inverso ocorreu em apenas 188 cidades.
De acordo com o líder, a crise na base aliada foi tema do encontro da Executiva nesta quinta-feira. Os integrantes da cúpula petista concluíram que é preciso intensificar o diálogo com os aliados e melhorar a relação com as legendas governistas. Tatto admite, entretanto, que parte do levante é causada pela falta de diálogo congelamento das emendas parlamentares, que permitem a deputados e senadores alimentarem suas bases eleitorais.