terça-feira, 13 de setembro de 2011

Motoqueiros, que vão para o inferno.

Não sou adepto da religião na qual o deus é o "povo pobre". Se ricos são culpados de muita coisa, os seus antípodas, os "negativamente privilegiados"(Weber) também são capazes de quase tudo. Agora mesmo, na esquina da Av. Rebouças da Joaquim Antunes, esperei com paciência o sinal abrir para mim, pedestre. Quando ele se abre, um motoqueiro quase me atropela e me grita "cuidado aí, tio, olha o sinal!". Ao nosso lado, um marronzinho nada fez. Dirigi um sonoro "filho da puta"para o motoqueiro, que ainda me enviou saudações, com o dedo em riste "vá te foder". Falei ao marronzinho : nada foi feito pelo senhor. "Não tive tempo para autuá-lo, estes motoqueiros são folgados". Assassinos, pensei com meu botões.



É por tais coisas que, ao saber das estatísticas sobre mortes de motoqueiros no trânsito paulista, pouco me preocupo. Boa parte deles, mereceu.

Roberto Romano


Motoqueiro folgado.