segunda-feira, 27 de junho de 2011

Marta Bellini.

Rio, maio de 1968

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Memória ...

Sábado faleceu o ex-ministro da Educação do governo FHC. Nada que se possa dizer de diferente à sua obra. No governo de FHC promoveu a luta mais encarniçada pela privatização das Universidades Federais. As universidades federais, a despeito de nossas críticas a alguns bolsões, quase foram extintas. Paulo Renato inventou estratégias interessantes para barrar o ensino público no Brasil. Tocou - com os ideais neoliberais - o ponto nevrálgico das Universidades Públicas, a AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA. Prevista na Constituição de 1988 (sobretudo pela luta de Florestan Fernandes), a autonomia universitária está contida no Artigo 207 da Constituição federal e no Artigo 180 da Constutuição Estadual do Paraná.

Mas, o sr Paulo Renato nem deu bola à constituição. Mandou ver - com auxílio dos tucanos inteletualizados como Bresser Pereira - um novo modo de funcionamento e organização das universidades que previa a venda de cursos, empréstimos de laboratórios a faculdades privadas (aluguel) e um desmonte - aos poucos, mas eficiente - de tudo quanto era ensino público no Brasil.

No Paraná, nos mesmos anos, de 1998 a 2002, nós, professores das estaduais, ficamos 6 meses em greve, sob o governo de Jaime Lerner, com a mesma estratégia do paulo renato. Lerner, mais realista do que o rei, ou seja, mesmo o Paulo Renato tendo sido derrotado em Brasília, por uma greve de 3 meses das federais, continuou a aplicar aqui no Paraná, a linha Paulo Renato. Encomendou a um professor da federal de Santa Catarina, um projeto de AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA, o famigerado PROJETO 32, de 2002. Quase privatizou as universidades estaduais do Paraná com os olhos benevolentes do Paulo Renato e Bresser Pereira, os detendores da verdade neoliberal no Brasil para o ensino público universitário. QUE NÃO ESQUEÇAMOS O CARÁTER DESTRUTIVO DO PROJETO DO PAULO RENATO.