terça-feira, 9 de novembro de 2010

Marta Bellini.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

País de línguas doces


Com o PT no poder em 2003, eu esperava um lugar para as desmentiras, para a ética. Mas que nada. Um dos maiores problemas que senti na carne foi o esvaziamento ético. Em todo lugar. Talvez até no recôndito lar, house, home... Todos e todas falam com língua doce: Ah, o sarney roubou mas ele apóia o governa. Apóia-se no governo. Faltou a partícula SE. E olha que isso pesa nas nossas costas. Uma falha gramatical. Falha ética. Falha econômica. Tá lá o Maranhão para nos dizer como é isso.
Colegas petistas em Brasília correm de você. Ah, deixa para lá. O cara é de esquerda. Grotão!
Mas, não deixo não.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Até os hijos de la puta morrem!


A MORTE DE UM FILHO DA PUTA por Leonardo Ferrari, psicanalista, Curitiba AQUI
Primeira página do Página 12 de Buenos Aires, 9 de novembro de 2010.

Como escrever o epitáfio de um filho da puta? O brilhante Página 12 de Buenos Aires responde em sua edição histórica de hoje, para ler, guardar, pregar nos postes de cada cidade: “O inferno é pouco”. Morreu o filho da puta, o assassino, o torturador, o líder do campo de concentração chamado Escuela Superior de Mecánica de la Armada (ESMA), paródia macabra de Auschwitz. Morreu o filho da puta que tingiu de sangue para sempre o Rio da Prata, cemitério transformado, leito das dores, dos membros disjuntos, torcidos e retorcidos, línguas cortadas, corpos dilapidados, mortos insepultos, sem direito a nome, à memória, ao luto. Filho da puta. Que seja jogado aos pedaços no mesmo rio que profanou. Filho da puta.