quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Do Blog excelente de Thiago Coser (são dele os desenhos, as reflexões e tudo mais) que foi meu aluno e hoje me deslumbra com beleza e acuidade .

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

tenho o hábito de praticar escalas no violão

já decidi: vou copiar o sobrinho de rameau e fazer uma sátira da minha época.

Com todos os energúmenos e proxenetas que eu conheço, daria para encher volume. E faria melhor ao tirar a parte enfadonha de personagens da época? Talvez... adaptar uma sátira desta é trabalho de elaborar um quadro e fazer um acontecimento. Trabalho para alguns poucos anos. E, ao que parece, Diderot levou cerca de 15 anos entre o começo e o término da obra, margem que não especifica as porções de trabalho.

...bombardeado pelas notícias recentes, pensei sobre a saga de uma jovem cantora que tenta lançar seu segundo disco e sequer atingiu a maioridade. Logo penso na pontualidade do pensamento do enciclopedista (clarificado no ótimo prefácio de Roberto Romano na edição da editora Perspectiva) ao dizer das grandes cidades como origem do mal no homem. Nela tudo acontece, e todo mundo é culpado, os problemas das massas - albert macht frei!; o resumo da incontrolável máquina da cidade se expressa na idéia de que caso você enfie a mão na jaula de uma fera, a culpa se seu membro for despedaçado é somente sua. Meus votos para o sucesso da cantora, embora ela e sua obra ainda sejam desprezíveis.

Melhores diálogos

Ele - Tudo tem seu verdadeiro preço nesse mundo. Há dois procuradores gerais, um à vossa porta que castiga os delitos contra a sociedade. A natureza é o outro. Ela conhece todos os vícios que escapam às leis. Vós entregais ao deboche de mulheres; vós ficareis hidrópico. Vós sois crapuloso; sereis pneumônico. Vós abris vossa porta aos velhacos, e viveis com eles; vós sereis traído, zombado, desprezado. O mais simples é resignar-se à eqüidade desses julgamentos; e dizer-se a si próprio, é bem feito, sacudir a cabeça e emendar-se ou permanecer aquilo que a gente é, mas nas condições acima citadas.

Eu - Tendes razão.


pág. 107-108