quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O caráter não se adquire ou aprende. Com ele se nasce.

11/08/2010 - 15h51

Aécio rebate Hélio Costa e diz repudiar oportunismo político como meio de ascensão

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DE SÃO PAULO

Em nota divulgada nesta quarta-feira, o candidato do PSDB ao Senado, Aécio Neves, rebateu as declarações do peemedebista Hélio Costa, candidato ao governo de Minas, de que o tucano poderia ter sido o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto se tivesse deixado o PSDB e se filiado ao PMDB ou a outro partido.

"Este é mais um equívoco do senador Hélio Costa. Coragem na vida pública é honrar compromissos assumidos com a população. É priorizar a coerência e a lealdade às próprias convicções e princípios. Por isso sempre repudiei com veemência o oportunismo político como meio de ascensão política", disse Aécio.

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O tucano ainda criticou o peemedebista. "Tenho dificuldade em compreender como o senador não se constrange em caminhar de braços dados com quem já o atacou de forma tão violenta, como é o caso da CUT e do PT, que, num passado pouco distante, talvez até de forma injusta, chegou a pedir a impugnação da candidatura dele ao governo do Estado. Na vida pública, cada um faz as suas escolhas e tem a sua trajetória própria. E por elas será julgado."

Marcelo Justo/Folhapress
Aécio (foto) rebate Hélio Costa e diz repudiar oportunismo político como meio de ascensão
Aécio (foto) rebate Hélio Costa e diz repudiar oportunismo político como meio de ascensão

Hoje, durante sabatina da Folha e UOL, Hélio Costa afirmou que faltou a Aécio coragem e desprendimento político. "Nós todos em Minas achávamos que ele seria candidato a presidente da República. Eu cheguei a dizer, lá atrás, que se ele tomasse uma decisão ele seria o candidato do presidente Lula. Faltou um pouco de desprendimento político, para não dizer coragem."

Segundo ele, a possibilidade de Aécio suceder Lula apareceu após a queda do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

"Houve um vácuo, depois das quedas do [José] Dirceu [ex-ministro da Casa Civil] e Palocci. Se ele tivesse se manifestado lá atrás, quem sabe até pela relação de intimidade que tinha com o presidente..."

Segundo Costa, a avaliação que se fazia, então, era de que se Aécio ficasse no PSDB, não derrotaria o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

"Quem conversava em São Paulo com políticos e empresários não via a possibilidade de o Aécio emplacar a sua candidatura dentro do PSDB com o Serra."

O candidato peemedebista contou também que procurou Aécio para dizer que abdicaria de sua candidatura ao governo de Minas, caso o então governador mineiro saísse candidato a presidente da República.

"Eu teria que me posicionar por um candidato mineiro. Seria impossível para um candidato mineiro ficar contra uma candidatura mineira. Se ele fosse candidato, eu estaria rigorosamente fora do processo político."

Costa disse que sempre foi amigo de Aécio e que a relação de ambos sempre foi "excepcional".