terça-feira, 28 de julho de 2009

Últimas palavras de um sábio, para nossa tristeza, e alegria dos que, no PT, louvam processos espertos de politicagem.

Seguem abaixo as últimas frase de um pequeno artigo do grande jurista Goffredo Telles Junior, pouco antes de seu falecimento (na verdade, nós falecemos um pouco mais com a sua ida ao Eterno). Autor da Carta aos Brasileiros (a autêntica, que ajudou a dar o último impulso para a queda do regime ditatorial e não a mentirosa, assinada por espertalhões demagógicos), o nosso advogado diz coisas que seguem a linha de Platão, na República. O trecho copiado por mim merece profunda reflexão das pessoas retas (petistas são dispensados de reflexão, eles já desistiram de pensar por conta própria há muitos e muitos anos atrás, quando decidiram colocar sua vontade nas mãos de um pretenso proprietário do povo) e lúcidas.

RR



"O desprestígio das leis acarreta o que estamos vendo no Brasil de hoje. Acarreta o afrouxamento das disciplinas do comportamento, e conduz a toda espécie de desordens éticas. Incrementa a desonestidade. Incita a corrupção.

De fato, nos dias de hoje, a corrupção campeia : corrupção nos negócios particulares, corrupção na Política. Todo o edifício social, de alto a baixo, está carcomido pela corrupção.

O descrédito das leis produziu, em nosso País, um clime de intranqüilidade, de incerteza. Até nas ruas, por toda parte, a bandidagem se manifesta. Referindo-se ao meio ambiente, Paulinho da Viola disse: "há perplexidade, há um sentimento de insegurança, de desconforto, de impotência...". Ele próprio fora vítima de um assalto de rua.

Mas isto não pode continuar.

Em defesa dos Direitos Humanos, em defesa de nossa liberdade, precisamos agir, precisamos nos engajar no bom combate, precisamos assegurar a plena vigência da Disciplina da Convivência humana. Precisamos restabelecer o prestígio das leis.

Nesta fase histórica do Brasil, oportuna é a lembrança do padre dominicano Lacordaire: "Quando a desordem impera, a liberdade escraviza, a lei é que liberta".

Artigo publicado post mortem na Revista
E Vamos à Luta, número 2, 2009.