quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Agora, que os demitidos da Embraer votaram em Luis Inácio, é mais do que certo. Merecem.


25/02/2009 - 18h32

Lula quer apoio da Embraer a demitidos, mas não pede revisão dos cortes

Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília
O presidente Lula se reuniu hoje com o presidente da Embraer, Frederico Curado, para discutir a demissão de mais de 4.000 funcionários anunciada pela empresa na semana passada.

Segundo o Ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, o presidente fez um apelo para a empresa fazer o possível para melhorar a situação dos empregados demitidos. Lula, porém, não pediu para a empresa rever as demissões. "O presidente não pediu porque entendeu perfeitamente [a explicação de Curado]", disse o ministro. O presidente da Embraer apresentou detalhes das operações da empresa para justificar as demissões ao presidente Lula. Curato disse que o motivo das reduções na demanda está fora do Brasil. Segundo ele, está nos países desenvolvidos, principal mercado da empresa.

"A Embraer tem todo o apoio necessário do governo federal. O problema não é do governo brasileiro, não é do Brasil", disse Curado. Segundo ele, não há como a empresa readmitir empregados enquanto não houver aumento da demanda.

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Miguel Jorge falou que o governo não deve agir diretamente para conter as demissões, pois não pode dar tratamento diferenciado a uma empresa. "O governo não tem o que fazer... só se o governo comprar aviões, mas o governo não compra aviões", disse ele.

O governo vai manter a linha de crédito do BNDES para a compra de aviões. A linha é destinada a outras empresas, mas beneficia diretamente a Embraer.

Além de Lula, Jorge e Curado, estiveram presentes na reunião o ex-presidente da Embraer, Maurício Botelho, e o atual vice-presidente, Horácio Forjaz. Também participaram dela, os ministro Guido Mantega (Fazenda), Dilma Roussef (Casa Civil) e representantes do BNDES.